terça-feira, maio 24, 2011

Tive a oportunidade de conferir pessoalmente o show do Sir Paul McCartney no RJ, domingo. Horas infindáveis na fila, passando frio (sim, no RJ!) e com dores musculares, valeu muitíssimo a pena. Fomos e voltamos de trem e metrô (1h de viagem por trecho) e foi sensacional.
Posso dizer que todas as músicas foram emocionantes. Umas emocionantes de querer gritar (e não conseguir por conta do cansaço) e outras pra chorar. Mas nenhuma foi apática. Sir Paul é um senhor da idade do meu avô, muito espoleta e engraçadinho em seus suspensórios e tiradas em português. Dá vontade de dar um abraço nele.
Agora cabe chamar a atenção pra letra de uma música que me tocou mais e me fez correr umas lágrimas: Here Today. Essa musiquinha Sir Paul dedicou ao John.

Lembrei muito de uma pessoa que perdi ano passado, na minha família. Uma pessoa que eu amava muito e que partiu quase que por vontade própria. Talvez isso faça doer um pouco mais.
Esse negócio de perder seria engraçado se não fosse a perda. As vezes penso e parece que é um sonho. Que nada disso aconteceu, que se eu for até a casa dele, ele estará lá. As vezes parece que aconteceu há anos, uma lembrança lá longe dos dias em que ele ia lá em casa.
As vezes, parece que escuto a voz dele nítida e aí sinto aquele aperto.
Sei que não posso me doer. Pelas minhas crenças pessoais, isso não vai ajuda-lo em nada.
Aliás, tenho a consciencia de que tudo aconteceu da melhor maneira possível. A vida dele caminhava pra uma tragédia muito pior. Nem por isso a saudade dói menos.
Até meu irmão, que considero um cara bastante frio e racional sofre. Sonhou várias vezes com ele, assim como eu e minha família. Quando ele morreu, as primeiras pessoas a serem chamadas foram as pessoas da minha casa. Meu irmão não conseguiu entrar, ve-lo morto.
Nada mais compreensivel, eu também não conseguiria.
Prefiro lembrar com as imagens que tenho guardadas.

Aqui vai um pedaço da música:

"But as for me,
I still remember how it was before
And I am holding back the tears no more.
Uh, uh, uh,
I love you, uh."

*JF 11:12 AM [+]  0 comments

segunda-feira, maio 09, 2011

Cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. (Michel Eyquem de Montaigne )

Sempre convivi com um problema que eu caracterizo como psicológico.

Nunca fui em um profissional da área pra constatar.

Pensamento ruins surgem out of the blue e ficam ali, assustando meu sono e minha organização mental. Faço força com os pensamento bons, e assim ficam disputando minha sanidade por horas, até que por fim, adormeço.

Dói.

Uma amiga que nesse ponto parece ser minha irmã gêmea me emprestou um livro que disse estar ajudando-a muito, junto com terapia.

O livro chama-se “Somos o que pensamos”. Bastante sugestivo né.

Pretendo começar a lê-lo essa semana, apesar do gargalo de tempo em que me encontro.

Essa menina dizia pensar que era a única pessoa que brigava dentro de si. Ficou aliviada em saber que não é a única. Confesso que também fiquei aliviada ao tomar conhecimento da situação de outra pessoa como eu. Ser um louco sozinho é pior.

Fiquei mais aliviada em ter alguém pra falar disso, até no fundo, até correr lágrima.

O próximo passo é marcar a terapia.

Pra você que se identificou com a nossa paranóia, fique feliz, você não está sozinho!

Postarei comentários do livro.

*JF 9:56 AM [+]  2 comments